De Cilto José Rosembach e Daniel Gomes, pela Pascom Brasilândia
O monsenhor Milton Kenan Júnior, 46 anos, será o novo bispo auxiliar da Região Episcopal Brasilândia. A confirmação foi feita na última sexta-feira, 27 de novembro, pelo cardeal arcebispo de São Paulo, dom Odilo Pedro Scherer, em reunião com o presbitério regional na paróquia Santos Apóstolos, Jardim Maracanã.
Nascido em 24 de novembro de 1963 em Taiúva, região norte do estado de São Paulo, Milton Kenan Júnior ocupa atualmente a função de pároco na Igreja Nossa Senhora Aparecida, em Bebedouro, diocese de Jaboticabal (SP). O religioso é graduado em filosofia, pelo Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto (SP), e em teologia, pela Pontifícia Faculdade Nossa Senhora da Assunção, além de ser mestre em teologia espiritual pela Faculdade de Espiritualidade Teresianum (Roma - ITA).
Dom Milton foi nomeado bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo em 28 de outubro pelo papa Bento XVI. A cerimônia de ordenação episcopal será realizada na cidade de Jaboticabal, às 16h, do dia 27 de dezembro. Segundo o cardeal dom Odilo Pedro Scherer, o novo bispo auxiliar será apresentado no dia 25 de janeiro de 2010 na Arquidiocese de São Paulo, em missa a ser celebrada às 10h na Catedral da Sé. A apresentação na Região Brasilândia deve acontecer em 06 de fevereiro, às 15h, na Paróquia São Luiz Gonzaga, Vila Bonilha – Pirituba.
Outros assuntos tratados na reunião do presbitério
Além de comunicar a nomeação do novo bispo regional, o cardeal dom Odilo Pedro Scherer relatou sua visita ad limina, realizada a Roma entre os dias 09 e 19 de novembro, quando se encontrou com o papa, visitou as principais secretarias no vaticano e peregrinou aos túmulos de Pedro e Paulo e por outras igrejas com testemunho histórico da fé.
Dom Odilo destacou a referência feita pelo papa em discurso aos bispos, sobre a situação das crianças, jovens, famílias e destacou a necessidade de garantir uma formação ética, para se ter uma consciência sólida. “O papa esta preocupado mais com as pessoas do que com a organização” destacou o cardeal.
A reunião do presbitério teve ainda um momento de formação com o padre Antônio Manzato, com o tema “União Presbiteral”. Manzato destacou que a fraternidade presbiteral deriva do sacramento da ordem e fez referencia à sucessão dos apóstolos, que assumiram o pastoreio à missão de Jesus coletivamente. Estes foram sucedidos pelos bispos que formam o colégio episcopal, portanto assumem a missão da igreja coletivamente. Assim, o bispo é referencia da unidade da Igreja na diocese e o padre tem missão em uma igreja local e pertence à igreja em nível universal.
Para Manzato, a não-participação do presbitério é a negação do sacramento da ordem. Daí a necessidade da fraternidade, a co-responsabilidade na missão. O outro é um irmão na missão e não um concorrente, ou carreirista. Neste contexto, pode-se garantir um rosto da Igreja na Brasilândia com um projeto pastoral definido, na caminhada do povo.
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